O governador Flávio Dino entregou nesta terça-feira (09), em São Luís, o Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO), uma unidade inédita no Estado capaz de atender casos de alta complexidade. Com o novo prédio, a rede pública estadual na capital passa das atuais 80 cirurgias por mês para 400. Ou seja, a capacidade é multiplicada por cinco, o que vai desafogar a fila por cirurgias. Em 2014, eram apenas 30 cirurgias por mês.
O novo hospital fica no Jardim Eldorado. Ele vai atender pacientes tanto da Grande Ilha como de outros municípios. Flávio Dino lembrou que a inauguração do hospital representa um marco para a Saúde maranhense. E que foi preciso vencer resistências para que o HTO fosse entregue à população.
“Não perdemos nunca a alegria de fazer o bem. Esse é o milagre desse governo, o milagre da multiplicação das oportunidades, da luta obstinada pela igualdade, de não ter medo de nada e nem de ninguém”, disse o governador durante a entrega do hospital.
“Não importa quem foi poderoso ontem ou se esse alguém se acha dono da riqueza e do poder. Aqui não temos medo.”
O governador ressaltou que “temos que lutar sempre, e lutando as coisas têm outro sabor”. Ao afirmar que já foram concluídas mais de 500 obras desde 2015, Flávio Dino acrescentou que “poucas inaugurações me emocionaram tanto quanto esta, porque é fruto de luta”.
Tecnologia e redução da fila
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, disse que o hospital era um pedido antigo dos médicos no estado. Ele previu que, em um ano, a fila de espera por cirurgias vai estar consideravelmente menor. Hoje, são cerca de 2 mil pessoas no aguardo.
O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, disse que o hospital era um pedido antigo dos médicos no estado. Ele previu que, em um ano, a fila de espera por cirurgias vai estar consideravelmente menor. Hoje, são cerca de 2 mil pessoas no aguardo.
O HTO tem capacidade para 4,8 mil cirurgias por ano, mas “a fila vai ganhando novos componentes a cada dia”, principalmente por causa dos acidentes de moto, frisou o secretário.
De acordo com o diretor clínico do HTO, Newton Gripp, a unidade está pronta e completamente equipada para atender todos os casos complexos: “Temos 100% de capacidade aqui. Ninguém mais precisa sair do Maranhão para tratar qualquer doença ortopédica”.
O médico Damião Guedes, especialista em reconstrução e alongamento ósseo, diz que o HTO também vai formar e qualificar profissionais. “É uma unidade de referência para pacientes e profissionais. Aqui ficou como uma ilha de excelência, quem está dentro está festejando e quem está fora está querendo entrar”, diz.
Flávio Dino ressaltou que os mais de 300 profissionais do novo hospital são os verdadeiros responsáveis pela importância da unidade. “Mãos e coração: disso é feito um bom hospital. E eu tenho certeza que o HTO será um excelente hospital porque está nas excelentes mãos desses profissionais.”
Consultas
Carlos Lula ressaltou que o Hospital de Traumatologia e Ortopedia vai receber casos encaminhados de outras unidades, como as UPAs e o Socorrão. Ou seja, o paciente não deve buscar atendimento diretamente no HTO, e sim ser encaminhado para lá.
Carlos Lula ressaltou que o Hospital de Traumatologia e Ortopedia vai receber casos encaminhados de outras unidades, como as UPAs e o Socorrão. Ou seja, o paciente não deve buscar atendimento diretamente no HTO, e sim ser encaminhado para lá.
“Eu sou a primeira paciente do hospital novo! Cheguei aqui foi cedo”, contou a lavradora Raimunda Vaz Cardoso, 54 anos, que vai constantemente de Miranda do Norte a São Luís para consultar os dois joelhos, que precisam ser operados.
“A cirurgia é R$ 30 mil na rede particular. Eu disse ‘doutor, não tenho condição de pagar essa cirurgia’. Aí a assistente social me encaminhou para o Hospital Geral, onde me consultei com o doutor Newton Gripp, que me trouxe para cá [HTO].”
“Minha expectativa é não precisar mais esperar esse tempo todo e fazer minha cirurgia sem custo nenhum, porque eu não tenho condição. Se eu tivesse condição, eu já tinha feito essa cirurgia há muito tempo”, acrescentou Raimunda, que sente dores nos joelhos há cinco anos.
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