segunda-feira, 22 de outubro de 2018

IEMA recebe vários prêmios na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia



A popularização da ciência e da tecnologia no Maranhão tem alcançados números cada vez mais significativos, especialmente pelo trabalho realizado por escolas públicas como o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA). Além da grande visitação à Cidade da Ciência, participação do Instituto na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o IEMA foi premiado no evento nas categorias Engenharias e Ciências Sociais Aplicadas, Ciências da Saúde, Biológicas e Agrárias, e Ciências Exatas e Naturais.

Desenvolvida por alunos do curso técnico de informática biomédica da Unidade Plena (UP) de Timon, a bengala eletrônica de baixo custo foi a premiada na categoria Engenharias e Ciências Sociais Aplicadas. O protótipo foi apresentado por Cícero Henrique de Sousa Silva, 16 anos, Micaelle Ferreira dos Santos, 16 anos, e Lucas Vinícius Barroso, 15 anos. Segundo os estudantes, o objetivo é melhorar a mobilidade dos deficientes visuais, mas também produzir um equipamento que tenha baixo custo para o consumidor final. “Sua produção inclui uma haste de madeira e um microprocessador arduino, ficando em torno de R$ 75,00", explicam os estudantes.

Premiado em primeiro lugar na categoria Ciências Exatas e Naturais, o projeto de um sistema automatizado aplicado em máquinas de despolpar açaí foi desenvolvido por estudantes do IEMA da UP de Axixá. Para desenvolver o protótipo, utilizaram uma plataforma arduino.

Quem também ocupou o primeiro lugar no pódio foi a UP São Luís, que na categoria Ciências da Saúde, Biológicas e Agrárias venceu com o trabalho "Sustentabilidade na produção de alimentos orgânicos". Nesta mesma categoria, o segundo lugar, com "Produção artesanal e caracterização sensorial do licor de jenipapo" foi conquistado pela UP de Axixá.

Inaugurada no início deste ano, a unidade plena do IEMA de Brejo também fez bonito na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A UP conquistou o segundo lugar com o Laboratório alternativo de química na categoria Ciências Exatas e Naturais. “Nosso trabalho mostra que é possível reduzir as desigualdades por meios de práticas experimentais que podem ser realizadas em casa”, conta o professor de química Rafael Ádan.

Na categoria Ciências da Saúde, Biológicas e Agrárias, foi premiado o trabalho "Água de aparelhos de ar-condicionado para utilização na jardinagem com automação e captação de energia solar", que garantiu o segundo lugar à UP São Luís. Na categoria "Ciências Exatas e Naturais", o IEMA levou o primeiro lugar com o trabalho "Tratamento da água de lavagem do biodiesel utilizando a eletro floculação"; esse trabalho foi apresentado por alunos da UP de Bacabeira. Outro prêmio para Bacabeira e que garantiu o segundo lugar foi o trabalho "Socioeconomia e etinoecologia das comunidades pesqueiras e identificação da ictiofauna dos campos alagados de Bacabeira". Com o trabalho "Aplicações robóticas utilizando arduino para controle de tarefas diárias", a UP de Axixá garantiu mais um prêmio.

No Maranhão, a Semana de Ciência e Tecnologia, cujo tema abordado foi “Ciência para a redução das desigualdades”, aconteceu de 16 a 20 de outubro no Multicenter Sebrae. Além dos trabalhos desenvolvidos pelo IEMA, os visitantes puderam conhecer o que está sendo produzido pelas Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Maranhão (Secti), dentre outros.

O nome da cidade sede da edição de 2019 das SNCT não foi anunciado. 

Cidade da Ciência

Instalado no centro da Cidade da Ciência, o stand principal do IEMA, que ocupou uma área de mais de 20 metros quadrados, chamava a atenção do público por seus pôsteres e oficinas apresentados por professores e alunos.

Outra referência da presença do IEMA na Cidade da Ciência foi a Arena da Robótica, instalada em uma área superior a 50 metros quadrados. Montada com o objetivo de promover formação em robótica pela manhã para alunos do ensino fundamental e à tarde competições, a Arena recebeu mais de 100 visitações durante a Semana. “Recebemos alunos de escolas públicas de São Luís, Santa Rita, São José de Ribamar... Foi muito proveitosa a participação da robótica do IEMA na Semana”, comentou o professor Fábio Aurélio, coordenador da robótica educacional do Instituto.

Localizado a cerda de cinco metros do stand principal do IEMA estava o stand das unidades vocacionais, que costuma atrair a atenção do público por causa das belezas dos produtos confeccionados em suas unidades. Uma das atrações foi o material em couro produzido por alunos da unidade vocacional de Ribeirãozinho. As unidades de Imperatriz e Açailândia também trouxeram novidades. Como de costume, a unidade vocacional do IEMA Estaleiro Escola apresentou trabalhos como os desenvolvidos a partir de material reciclado.

Com uma participação brilhante, o Centro de Educação Científica (CEC) do IEMA também marcou presença na Semana de Ciência e Tecnologia. Wenderson Francisco F. da Silva, coordenador da oficina de ciência e robótica do CEC, destacou a interação do público com a atividades apresentadas. “Interessante que pessoas de todas as idades participaram das oficinas. Foi uma grande oportunidade de mostrar o que nossos alunos estão fazendo no CEC".

Em 2018, a participação do IEMA na SNCT não se resumiu apenas à Cidade da Ciência instalada no Multicenter Sebrae, em São Luís do Maranhão. Convidado pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), o Instituto participou da SNCT em Brasília, onde apresentou resultados alcançados.

Diretor de Planejamento e Administração do IEMA, Gustavo Andrade, que representou Jhonatan Almada, reitor do IEMA, em Brasília e em São Luís, avaliou como positiva a participação do Instituto na Semana. “Estamos satisfeitos com o investimento que fizemos, porque o IEMA mostra para a população o trabalho feito pelo governador e que é possível uma educação pública de excelência”, afirmou.

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