Com a divulgação do resultado dos aprovados pelo edital de cidades da Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (Fapema), a UemaSul arrecada financiamento para mais um projeto de pesquisa, desta vez para o Registro do Patrimônio Cultural e da Memória na Cidade de Vila Nova dos Martírios.
Um dos compromissos da UemaSul é promover o desenvolvimento regional, articulando junto às comunidades ações baseadas nos potenciais de cada cidade, buscando atender as diversas demandas existentes. A proposta aprovada é multidisciplinar e visa apresentar a memória e a cultura da cidade como recurso didático ao ensino de língua portuguesa no ensino fundamental.
Emancipada em 1988, Vila Nova dos Martírios é uma das 22 cidades que estão incluídas na área de abrangência da UemaSul, e tem cerca de 2 mil alunos matriculados no ensino fundamental na rede pública. O município, que está a 115 km de Imperatriz, integra a bacia leiteira do estado, agrega grandes áreas de silvicultura para a produção de papel e carvão, além de explorar de forma significativa o extrativismo do açaí, chamado pelos vilanovenses de “ouro negro”.
Entrevistas com integrantes da Cooperativa dos Açaizeiros da Região Tocantina (Cooaçaí) serão fundamentais para a construção de sequência didática para o ensino de língua portuguesa, composto por relatos de memória sobre saberes tradicionais, festas, culinária, meio ambiente e outros aspectos da cultura da região. As propostas escolhidas tinham como principal objetivo contribuir para a resolução de problemas enfrentados nas cidades do Maranhão, e dentre os eixos disponíveis, está o de patrimônio cultural e memória, em que o projeto se enquadra.
Durante o ano de ação do projeto, um aluno de graduação da UemaSul e um aluno de 7º ano desenvolverão uma sequência didática juntos de palestras na escola e pesquisas, a partir de visitas à sede da Cooaçaí. O projeto multidisciplinar foi desenvolvido por duas professoras doutoras, Sonia Maria Nogueira, de Letras, e Lucileia Ferreira Lopes, de Geografia.
“Nós conhecemos Vila Nova dos Martírios, o trabalho da cooperativa e já tínhamos um professor parceiro em uma das escola. Por isso, pensamos em fazer uma sequência didática em que um graduando e um aluno de 7º ano trabalhassem juntos no sentido de aproximar a Cooaçaí, a escola e a UemaSul”, conta Sônia Nogueira, uma das responsáveis pelo projeto.
“Esperamos que a UemaSul esteja na cidade particularmente com o ensino fundamental para identificarmos estas histórias, estas narrativas, em uma maneira de registrar a memória e a cultura da cidade e principalmente que reconhecê-los”, completa Sônia Nogueira.
Os relatos de uma criança para as outras servirão de base para a produção do material, uma forma de aproximar a comunidade da sua história. O professor responsável já fez pesquisas científicas em parceria com a universidade, e uma das pretensões das idealizadoras é que a equipe – os alunos e o professor – possam apresentar o resultado em congressos de produção científica.
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