No mês da
mulher, empresária Suzana Rocha, que atua na Região Pré-Amazônica, conta sua
experiência e desafios do empreendedorismo feminino contemporâneo, que tem
elevado de acordo com o Sebrae.
Empresária de Açailândia,
Suzana Rocha, há 23 anos comanda a Mattriz Sports e se encaixa na empreendedora
contemporânea maranhense
É inegável o crescimento do empreendedorismo
feminino em nível nacional e estadual. No universo dos pequenos negócios, a
participação feminina é cada vez mais forte. Elas tem superado cada vez mais
desafios e flexibilizado seu próprio tempo no gerenciar da empresa com outras
atividades da vida familiar.
A empresária de Açailândia, Suzana Rocha Brasil,
tem o perfil da empresária contemporânea, ela faz parte das mais de 271 mil
maranhenses que ganham a vida como empresárias tocando seus próprios negócios
ou da família, e corresponde às 9,3 milhões de mulheres brasileiras, como detalha
o relatório especial realizado pelo Sebrae, Donas de Negócios do Brasil (2018).
Atendida pelo Sebrae, por meio da Regional em
Açailândia, Suzana carrega um histórico de conquistas e desafios junto com seu
marido, Elias Brasil. A frente da Mattriz Sport’s, com 23 anos no mercado, atua
com o comércio varejista, na venda de artigos esportivos, caça, pesca e
camping. Sua história de empreendedorismo começou há mais de 20 anos. A
atividade anterior a de empresária foi de bancária, após sair do banco na
época, entrou no segmento por necessidade. O marido fundou e comandou o negócio
nos primeiros dois anos da empresa, inicialmente com caça e pesca, em seguida,
Suzana entrou na parte da gestão. Ao passarem por uma crise, viram a
necessidade de inserirem mais segmentos próximos ao que já comercializavam,
como moda fitness.
“Quando entrei no empreendimento sem conhecimento
de gestão, quebrei a cabeça por tentar fazer sozinha, fechei até uma empresa. Mas
tivemos a oportunidade de conhecer o Sebrae em Açailândia e mergulhamos em todo
o suporte que ele podia nos oferecer, o conhecemos por uma necessidade. Ele nos
ajudou no caminhar da empresa, um auxílio primordial na gestão. O segredo de
sucesso é uma boa gestão que perpassa diversas áreas da empresa, então precisei
recorrer a todas as capacitações do Sebrae para aprender sobre isso”, comenta
Suzana.
Com auxílio do Sebrae, a empresária pôde aprimorar a
condução dos negócios e ampliar, levando filiais para outras cidades da região.
Nos primeiros anos eram apenas dois funcionários na loja matriz em Açailândia.
Hoje são 50 funcionários no total, com matriz e uma filial em Açailândia, e
ainda filiais nas cidades de Estreito, Imperatriz e uma franquia voltada para o
setor de alimentação, o restaurante Vivenda do Camarão. Atualmente possui uma
clientela variada, que inclui apreciadores e praticantes de esportes, escolas,
prefeituras e demais públicos envolvidos com a atividade de lazer, como a
pesca.
“A mulher é cada vez mais participativa no mercado.
Percebemos esse crescimento em diversos setores que conduzem a economia aqui da
região Pré-Amazônia, como do nosso estado. O Sebrae está atento a essas
mudanças e dispõe de soluções e produtos adequados para cada necessidade, com
foco no aprimoramento da gestão empresarial, para que tenham excelência,
sustentabilidade e competitividade”, explica o gerente do Sebrae em Açailândia,
Maurício Lima.
Capacitações
O estudo do Sebrae ainda mostra que as mulheres
empreendedoras são mais jovens e ainda realizam tarefas domésticas mesmo com o
próprio negócio. Nesse perfil da mulher empresária contemporânea, um outro
ponto singular é que elas tem se preocupado cada vez mais com a qualificação e tem
nível de escolaridade 16% superior ao dos homens.
“Busco sempre o conhecimento, a inovação, me
permito desafiar e não ficar na zona de conforto e assim, o Sebrae foi a minha
grande escola durante esses anos. Perpassei nas capacitações que possibilitaram
entendimento em finanças, com o de Gestão Financeira, atendimento, como
melhorar vendas, controles e Líder Coach, que trouxe resultados mais positivos,
auxiliando de modo geral na gestão. Além de consultorias personalizadas, um
acompanhamento em que pude colocar a mão na massa e obter resultados de fato.
Os colaboradores também sempre são conduzidos para melhorar em suas áreas. Para
quem quer empreender, a escola é o Sebrae”, afirma Suzana.
A empresária acredita que em meio à crise, a grande
estratégia é se reinventar e foi o que ela fez. Buscou agregar segmentos e
visualizou novas oportunidades de expansão da empresa, como no ano de 2015, em
que o cenário nacional se direcionava para uma crise econômica. Mas aproveitou
a oportunidade que no Maranhão, a realidade no mesmo ano caminhou diferente,
nos primeiros cinco meses, foram 9.775 novos empreendimentos abertos, uma média
de 72 empresas por dia, de acordo com Data Sebrae e Boletim Estudos e Pesquisas
do Sebrae.
“Empretec gerou diversos processos de melhoria e
correção. Foi nele que realmente vi o crescimento da minha empresa quando o fiz
há mais de 10 anos, onde a gente rescreveu nossa história. Foi a chave que
virou e pude olhar de maneira mais ampla várias coisas dentro da empresa,
identifiquei onde errava, acertava e o que fazer em diante. Ano passado tivemos
crescimento elevado na loja de Imperatriz, por exemplo, mais de 20% de clientes
e estamos sempre buscando melhorar”, pontua a empresária.
Projeto
Empreendedorismo Feminino
Segundo a diretora de Administração e Finanças do Sebrae no Maranhão,
Rachel Jordão, única mulher na diretoria executiva da instituição, o Maranhão é
um dos 10 estados que estão recebendo recursos do Sebrae Nacional para
desenvolver este projeto pioneiro de empreendedorismo feminino, lançado no
Maranhão em novembro de 2018. “Aqui no Nordeste, apenas o Maranhão e a Bahia
estão incluídos nesta iniciativa. Conseguimos essa vitória, ao mostrarmos que
há quase 300 mil mulheres donas de negócios no estado e que um a cada três
empresários maranhenses são do sexo feminino. Aqui estão cerca de 4% de todas
as mulheres empreendedoras do país. As mulheres estão assumindo cada vez mais o
papel de protagonista no mercado empresarial local. A prova disso é que,
segundo a pesquisa GEM, quase a metade dos MEI existentes no país são mulheres
(48%)”, afirma a diretora Rachel Jordão.
Assessoria Sebrae.
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