Os dados são do relatório divulgado diariamente pela Secretaria de Estado da Saúde, que mostra também, que mais de 400 pacientes conseguiram se recuperar da doença no estado
por Neto Weba
Profissionais de saúde em todo o mundo estão fazendo como podem para trabalhar e salvar vidas em hospitais. No Maranhão, essa realidade não é diferente, técnicos em enfermagem, enfermeiros, médicos entre outros profissionais, estão na linha de frente no tratamento de pacientes infectados com o novo coronavírus nos hospitais do estado.
Dos 297 profissionais de saúde com o novo coronavírus, 206 conseguiram vencer a doença e estão recuperados no Maranhão. Os dados são do boletim diário divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que traz as últimas atualizações em números relacionados a pandemia em todo o estado.
Na sexta-feira (24), o número de recuperados era de 127, em dois dias foram 79 profissionais a mais que superaram a Covid-19
Em relação ao número total de recuperados, a semana inicia com 463 pacientes curados do coronavírus no Maranhão.
Números de curados do coronavírus pelo mundo
A maioria das pessoas que recebem o diagnóstico positivo para o coronavírus se recupera. Mais de 727.000 casos foram documentados em todo o mundo, de acordo com o banco de dados da Johns Hopkins University, o número ainda pode ser provavelmente muito maior que isso, pois há casos que não chegam aos hospitais e, portanto, não são contabilizados.
Os dados sobre recuperações são menos precisos do que o número de infectados e o número de mortos, pois muitos municípios, estados e regiões não informam quantos de seus residentes se recuperaram.
Os sintomas da recuperação, segundo análises médicas
Durante entrevista à rede CNN, a Dra. Bala Hota, professora de doenças infecciosas e Diretora Médica Associada do Rush University Medical Center de Chicago, informou que muitos pacientes ainda têm tosse leve e se sentem cansados mesmo quando são considerados recuperados e não são mais contagiosos. Pode levar muito tempo para voltar totalmente ao normal.
Já Mike Ryan, executivo do Programa de Emergência em Saúde da Organização Mundial de Saúde, pontua: “São necessárias seis semanas para se recuperar dessa doença. Pessoas que sofrem de doenças muito graves podem levar meses para se recuperar”.
O processo é diferente para os pacientes que foram colocados em um ventilador- aparelho para ajudar a respirar-. E os efeitos da recuperação é mais demorado naqueles que têm doenças graves.
Possivelmente em casos mais graves, os pacientes ficam com sequelas pulmonares, mesmo com o vírus inativo.
“É a mesma coisa geral que você tem com qualquer tipo de fenômeno grave o suficiente para levá-lo à UTI. Alguns pacientes gravemente doentes podem nunca recuperar a função pulmonar completa, disse à ABC News o Dr. Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Centro Johns Hopkins de Segurança em Saúde.
Desenvolvimento de anticorpos e imunidade
As pessoas que foram infectadas desenvolvem anticorpos que provavelmente podem combater o coronavírus se tiverem contato com o vírus novamente.
O Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse em uma entrevista no “The Daily Show” que estava “disposto a apostar qualquer coisa, que as pessoas que recuperam estejam realmente protegidas contra a reinfecção”.
Alguns governos propuseram a emissão de documentos que atestam a imunidade das pessoas com base em testes sorológicos que revelam a presença de anticorpos no sangue, de modo a desconfinar e permitir pouco a pouco o retorno ao trabalho e a retomada da atividade econômica.
Testes de anticorpos foram apontados como um passo crucial na reabertura de locais de trabalho e espaços públicos, pois eles seriam capazes de dizer se uma pessoa já teve Covid-19, independentemente de alguma vez terem apresentado sintomas. Um resultado positivo significaria que eles provavelmente estão imunes.
Porém, a eficácia de uma imunização provocada por anticorpos não está estabelecida nesta fase atual de estudos, os dados científicos disponíveis não justificam a concessão de um “passaporte imunológico” ou “certificado de ausência de risco”, alertou por meio de nota a OMS. A organização acrescentou ainda que os testes sorológicos usados atualmente “precisam de validação adicional para determinar sua precisão e confiabilidade”.
No dia 17 de abril, a OMS já havia alertado que os anticorpos contra o coronavírus não podem garantir imunidade a Covid-19 a longo prazo para pacientes recuperados ou ex-portadores assintomáticos.
Um estudo chinês, que ainda não foi revisado por pares, testou 175 pacientes com novo coronavírus recuperados e descobriu que 10 deles não haviam desenvolvido nenhum anticorpo detectável de coronavírus.
Ainda assim, muitos especialistas concordam que pacientes com o vírus recuperados provavelmente têm alguma imunidade.
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