terça-feira, 22 de abril de 2025

Esqueceu de comer bem? Nutricionista indica alimentos que ajudam a fortalecer a memória





Seja por privação de sono, sobrecarga mental, estresse ou outro motivo similar, é comum que nossa memória apresente sinais de enfraquecimento durante a vida adulta. O importante é ficar atento para que esses lapsos não se tornem constantes. Você sabia que uma dieta bem elaborada pode ajudar a fortalecer as capacidades do nosso cérebro e melhorar a memória? É o que explica a nutricionista e professora da Faculdade de Medicina de Açailândia (IDOMED Fameac), Rafaelly Raiane, que também explica que há alguns alimentos que podem provocar o efeito contrário. 


“Com o envelhecimento celular, espera-se que haja um declínio na função cognitiva, como, por exemplo, na memória. Entre as estratégias de prevenção, podemos citar a alimentação adequada e saudável, em que a combinação de alimentos e nutrientes-chave para a função cognitiva pode trazer benefícios para a pessoa”, comenta Rafaelly.


A especialista destaca que existem dois tipos de dieta consideradas eficazes quando o assunto é reduzir a perda cognitiva e, consequentemente, melhorar a memória: a dieta do Mediterrâneo e a dieta MIND. Ambas as dietas têm em comum o alto consumo de alimentos in natura, mas possuem peculiaridades que as diferenciam. Na dieta do Mediterrâneo, são indicados vegetais, frutas, legumes, azeite de oliva, peixes, cereais e castanhas, além do consumo moderado de vinho tinto. Já a dieta MIND recomenda especialmente o consumo de frutas vermelhas e vegetais de folhas verdes.


De acordo com a especialista, dietas desse tipo têm ação anti-inflamatória e antioxidante devido ao alto teor de polifenóis, como os flavonoides. Essas substâncias são associadas a um melhor desempenho cognitivo, especialmente no que diz respeito à memória espacial e aprendizado, além de diminuir a perda neuronal relacionada à idade. 


A especialista explica, também, que os alimentos que fazem parte dessas dietas são ricos em vitaminas do complexo B, vitamina E, ácidos graxos ômega-3 e outros nutrientes. De modo geral, os nutrientes que fazem bem à memória são encontrados principalmente em vegetais (especialmente os de folhas escuras, ricos em folato, vitamina E e carotenóides), frutos do mar (fontes de ômega-3) e frutas vermelhas (fontes de polifenóis).


A recomendação diária desses nutrientes, ou seja, o quanto cada indivíduo precisa consumir, deve respeitar as características individuais, como idade, sexo e eventuais patologias. “Procurar um nutricionista para adequar a dieta à sua individualidade é sempre o mais indicado”, finaliza a profissional. 


*E o que evitar?*


Por fim, Rafaelly chama a atenção para o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e trans. De acordo com a nutricionista, eles contribuem para o aumento do declínio cognitivo, associado a danos na barreira hematoencefálica, como consequência de processos inflamatórios. “É válido ressaltar que alimentos ultraprocessados, especialmente os ricos em açúcar, também merecem atenção, já que estão associados à atividade inflamatória”, completa a especialista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário