terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Com mais de 26 mil pessoas certificadas, IEMA transforma o Maranhão com ensino profissional

IEMA é referência no ensino de robótica. (Foto: Divulgação)
O Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) se transformou em uma referência na área de educação no Maranhão. Criado em janeiro de 2015 pelo governador Flávio Dino, atualmente, existem 26 unidades, sendo 13 plenas e 13 vocacionais.
O início das atividades do Instituto foi marcado pela inauguração, em 2016, de três unidades plenas: Bacabeira, Pindaré-Mirim e São Luís. Outro marco no mesmo período foi a implantação da Unidade Vocacional Escola de Cinema do Maranhão.
Para o reitor do IEMA, Jhonatan Almada, a gestão estadual estabeleceu uma instituição pública de ensino profissional, científico e tecnológico com o diferencial da educação integral. Ele ressalta que o trabalho dos últimos quatro anos garantiram a implantação, implementação e consolidação do Instituto.
“Mais de 7 mil pessoas se inscreveram no seletivo de alunos para 2019, uma média de seis por vaga. Isso prova que a sociedade confia no IEMA que, hoje, é referência nacional e internacional em áreas como robótica, matemática e geografia”, afirma o reitor. Ele diz orgulhar-se dos indicadores da instituição, que possui 91% de aprovação, 97% de frequência e somente 0,78 de evasão.
O IEMA nasce do desejo do Governo do Maranhão de ter uma rede de educação profissional e técnica de nível médio que atenda, principalmente, os menos favorecidos. O objetivo é promover, de forma gratuita, inovadora e de qualidade a formação integral dos jovens para atuarem na sociedade de maneira autônoma, solidária e competente.
Em 2017 e 2018, houve a expansão do número de unidades e de cursos ofertados e, respectivamente, de pessoas qualificadas. O IEMA constituiu-se num portal de oportunidade de aprendizagem e profissionalização, seja na modalidade plena (UP), seja na vocacional (UV). O resultado de todo esse investimento é a transformação de pessoas pela educação.
Agências de fomento como a Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovaram 44 projetos do Instituto, que promoveu dois eventos nacionais: Seminário de Educação Profissional e o Congresso Nacional da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti).
O IEMA foi atuante em eventos como a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Maceió, e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília e realizou o primeiro Seminário Internacional de Robótica em São Luís.
Expansão
O Governo do Maranhão inaugurou, em 2017, unidades planas nos municípios de Axixá, Coroatá, São José de Ribamar e Timon. No âmbito das unidades vocacionais são, hoje, referência as unidades instaladas nos municípios de Bequimão, Caxias, Carolina, Codó, Pedreiras, Pinheiro, Ribeirãozinho, São Luís (Praia Grande, Escola de Cinema e Estaleiro Escola).
Este ano, a oferta de 55 cursos de Formação Inicial e Continuada, em 50 polos, possibilitou a certificação de 13,5 mil pessoas.
Em 2018 foram inauguradas as unidades plenas nos municípios de Brejo, Cururupu, Matões, Presidente Dutra, São Luís-Itaqui-Bacanga e Santa Inês e teve início as atividades nas unidades vocacionais de Açailândia e Imperatriz.
Investimentos
De 2015 a 2018, o Governo do Maranhão investiu mais de R$ 200 milhões em infraestrutura do IEMA, por meio de obras de construção, reforma, ampliação e adequação, além de aquisição de equipamento, mobiliário, alimentação, transporte/diárias e internet.
O IEMA chega neste fim de 2018 com 3. 275 estudantes no ensino médio técnico integral e mais de 26 mil maranhenses qualificados nas unidades vocacionais. Do total de estudantes das Unidades Plenas, 1.156 são medalhistas e premiados, o que representa 30% do alunado.
Miguel Arcângelo, do curso de Agropecuária da unidade plena do IEMA de Pindaré-Mirim, é campeão nacional e internacional em competições de robótica educacional. Ele já viajou para Portugal e Japão. O estudante conta que nunca pensou que viveria experiências tão importantes.
“Antes eu pensava que não era capaz de nada, não sabia nem se chegaria ao final do ensino médio. Hoje sei que somos capazes e de muito mais, basta uma boa oportunidade”, conta o estudante, um dos campeões da robótica educacional do Instituto.
Assim como Miguel Arcângelo, outros jovens tiveram suas vidas transformadas ao terem acesso ao ensino da robótica e de outras áreas do conhecimento como matemática, geografia, inglês e química.
Coordenador da Robótica Educacional do IEMA, Fábio Aurélio do Nascimento destaca o esforço dos alunos e o bom desempenho em matérias como a física. “Quando iniciaram, o sonho da maioria era concluir o ensino médio, mas, hoje, o desejo deles é ingressar na universidade. Em Pindaré-Mirim, dois alunos vão trabalhar em uma escola particular na cidade no próximo ano. Eles estão transformados”.
Nas unidades vocacionais a transformação é visível. Proprietário da Casa do Bolo, Cassiano dos Santos Silva é um exemplo. Ele fez o curso de panificação e confeitaria em Caxias e com isso melhorou a diversidade e qualidade de sua produção.
Conquistas 
Entre as conquistas na área de robótica do IEMA estão o terceiro lugar na “Feira Robo World Cup”, na modalidade DRC Explorer (Taiwan); o 1º, 2º e 3º lugares e título de Super Time no Torneio Internacional de Robôs (ITR); o quarto lugar na modalidade Dança; e 5º na modalidade Corrida de robôs na Robô Party (Portugal), o PIT Destaque no First Lego League – FLL. Outro marco da robótica do Iema é a implantação de 12 Clubinhos de Robótica no estado e do Robótica na Estrada, que até agora beneficiou 2.162 crianças.
Outras conquistas foram a medalha de bronze e menção honrosa na Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia; a arte vencedora do Concurso Nacional da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil; as medalhas de ouro, prata e bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica; medalhas de ouro, prata e menção honrosa na Mostra Brasileira de Foguetes; e medalhas de prata e bronze na Olimpíada Brasileira de Geografia/Ciências da Terra.
Em 2018, o IEMA obteve reconhecimento internacional e passou a fazer parte da Rede PEA – Escola Associada da Unesco. São 11 mil escolas em 181 países. No Brasil são 567 e no Maranhão apenas o Iema.
Expectativas
O IEMA vai continuar crescendo na área de educação do Maranhão. A proposta apresentada pelo governador Flávio Dino é que o IEMA chegue a 100 unidades. De acordo com o setor de Engenharia do Instituto, já estão em construção as unidades plenas nas cidades de Balsas, Chapadinha, Carutapera, Coelho Neto, Colinas, Coroatá, Cururupu, Dom Pedro, Presidente Dutra, São Domingos, São Mateus, São Vicente Ferrer, Santa Helena, Santa Luzia, Tutóia e Vitória do Mearim.
As unidades plenas de São José de Ribamar e Santa Inês estão sendo ampliadas. Entraram em trabalho de reforma os prédios que abrigam unidades vocacionais de Codó, Loreto e São Mateus. O valor dessa expansão deve chegar a R$ 200 milhões.

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