Imagina fazer intercâmbio em outro país com todas as despesas pagas? Essa oportunidade foi proporcionada a mais 80 estudantes universitários maranhenses que participaram da quinta edição do Programa Cidadão do Mundo no ano passado. Após três meses no exterior, os jovens regressaram ao Maranhão no fim de dezembro e, na tarde desta terça-feira (7), foram recebidos pelo governador Flávio Dino, no Palácio dos Leões.
Durante o encontro, o governador aproveitou a oportunidade para anunciar a ampliação do programa. Em 2020, serão disponibilizadas 100 vagas, 20 a mais que as 80 oferecidas nas edições 2018 e 2019 do Cidadão do Mundo.
“Em 2020, nós vamos abrir 100 vagas para o Cidadão do Mundo. É uma comunicação importante para todos os jovens que queiram realizar esse sonho, antes impossível, porque era reservado apenas àqueles que podiam pagar”, frisou o governador.
Para o governador Flávio Dino, o programa é essencial para o desenvolvimento da carreira estudantil e profissional dos estudantes ao garantir acesso a direitos educacionais e culturais aos estudantes de escola pública.
“Em razão dessa política pública que nós implantamos, hoje é possível a qualquer jovem do Maranhão, que preencha os requisitos, ter acesso a esse sonho, sonho de poder estudar fora, se capacitar melhor e com isso contribuir mais para a sua própria formação, para sua família, para sua escola e para o nosso estado”, pontuou.
Durante o período de intercâmbio custeado pelo Governo do Maranhão, os participantes do programa receberam bolsa-auxílio no valor de R$ 4.500 por intermédio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), seguro de saúde, passagens e acomodação em casa de família residente na localidade definida para o intercambista.
Inclusão e oportunidade
Na edição 2019, os estudantes puderam ampliar seus conhecimentos das línguas inglesa, espanhola e francesa nas cidades de Montpellier (França), Cidade do Cabo (África do Sul) e Córdoba (Argentina).
Participaram da quinta edição do Cidadão do Mundo universitários de São Luís, Imperatriz, Pinheiro, Lago Verde, Caxias, Bom Lugar, Davinópolis e Bom Lugar.
Francisco Pontes é estudante de Direito na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e passou três meses na Cidade do Cabo, na África do Sul. Para Francisco, a oportunidade foi a “melhor experiência de sua vida”.
“Eu lembro que na primeira entrevista que eu dei, eu falei que essa experiência seria a melhor da minha vida e nesses três meses eu pude comprovar. Foi absolutamente incrível. A cidade maravilhosa, as pessoas receptivas, a escola perfeita… Sem sombra de dúvidas foi maravilhoso”, destaca Francisco.
Para Katherine Bezerra Marques, que estuda Medicina na UFMA e fez intercâmbio em Montpellier, cidade no Sul da França, a experiência foi enriquecedora. Ela acredita que o Cidadão do Mundo é sinônimo de “inclusão” e “oportunidade”.
“Foi uma experiência maravilhosa e enriquecedora. Nós aprendemos bastante. Foi uma forma de inclusão e oportunidade a quem não tinha condições”. Com o programa, nós nos inserimos na cultura e a gente aprende muito mais rápido a língua e os hábitos do local”, frisa Katherine.
A estudante de Direito Emanuelle Francisca foi para a Argentina e conta que, se não fosse o Cidadão do Mundo, ela provavelmente jamais teria oportunidade de fazer um intercâmbio internacional.
“É muito caro viajar dessa forma, com todos os recursos que foram disponibilizados. O Cidadão do Mundo é uma oportunidade única para todos nós que somos oriundos de escola pública”, afirma a universitária.
O Programa
O Programa Cidadão do Mundo tem como objetivo oferecer intercâmbio internacional com foco em idiomas estrangeiros (inglês, francês e espanhol) aos jovens maranhenses entre 18 e 24 anos, alunos que vieram do ensino médio da rede pública de ensino ou de instituições de ensino vinculadas a entidades paraestatais ou a fundações sem fins lucrativos.
O governador Flávio Dino acredita que esse tipo de iniciativa tem uma “perspectiva transformadora” na sociedade.
“As conquistas da sociedade só são perenes se elas transcendem aos governos. O governo tem o papel de impulsionar, mas nós precisamos enraizar essas experiências inovadoras e corajosas nestes tempos difíceis que o Brasil e uma parte do mundo atravessa. E isso não é uma tarefa de políticos apenas, é uma tarefa, sobretudo, da sociedade”, afirmou.
Ao longo das cinco edições do programa, foram concedidas 395 bolsas de estudos, nas modalidades de intercâmbio linguístico, estágio internacional e ensino médio no exterior.
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